É preciso validar com o usuário, sempre !!!

Terminamos o ano de 2017 e aguardamos o início de 2018 (depois do Carnaval, naturalmente…) para voltar a falar de UX.

Na verdade, a escolha dessa abordagem para discussão reflete parte dos desafios que a tradicional Engenharia de Requisitos, e consequentemente, o papel do Analista de Requisitos, precisa enfrentar com as constantes mudanças impostas pelo mercado, pela tecnologia, pelo usuário.

Antes, bastávamos identificar as necessidades do usuário e traduzi-las em funcionalidades que o trabalho do profissional de Requisitos estava pronto.

O conceito de UX – que não é uma metodologia, não é um método, não é uma receita de bolo – como a preocupação com o uso de um determinado produto (no caso de software) impôs a necessidade de que é preciso, sempre, garantir que essa “experiência” seja cada vez melhor para o usuário, pois tudo muda o tempo todo no mundo (obrigado, Lulu).

Uma das novas preocupações do Analista de Requisitos é se colocar na chamada “situação de uso”. Testes de usabilidade, entrevistas, observações ou a combinação de tudo isso, precisam ser dominadas como recursos de validação de requisitos e não apenas como técnicas para levantamento de requisitos.

Ou seja, com os novos processos de desenvolvimento, colocando junto quem costumava trabalhar em separado (“eu fiz meu trabalho, agora é com eles…”), não se pode pensar em testar tudo no fim e quem sabe, com um pouco de sorte, identificar problemas de usabilidade quando tudo estiver construído.

Lembrando as três abordagens de qualidade de um produto de software proposto por Shari Pfleeger – qualidade do produto, qualidade do processo e adequação ao uso. Essa última refere-se exatamente a isto. De que adianta implementar todas as funções desejadas pelo cliente para um site de compras, se o usuário não consegue achar o botão que cancela todo o conteúdo do carrinho?

Prometo voltar em breve ao tema. Mesmo.