Quando falamos em Métricas de Software, associamos quase que de imediato à técnica de APF ou Análise de Pontos de Função. No caso do Brasil, é certamente a mais conhecida. E vem sendo utilizada como base de medida de software por inúmeras empresas e, também, por vários órgãos do Governo Federal, há muito tempo.
Na Administração Pública Federal, a métrica Ponto de Função (PF) é usada como referência para medir e remunerar os contratos de serviços de desenvolvimento e manutenção de sistemas firmados entre instituições públicas e empresas prestadoras desse tipo de serviço. A Instrução Normativa SLTI/MP Nº 4, de 11 de setembro de 2014, a portaria SLTI/MP Nº 31, de 29 de novembro de 2010, e acórdãos do TCU recomendam o uso de métricas em contratos de projeto de software e não mais por esforço homem-hora.
O Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP), do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, uma estrutura que visa o planejamento, a coordenação, a organização, a operação, o controle e a supervisão da área de Tecnologia da Informação (TI) em sua administração direta, autárquica e fundacional, disponibilizou o Roteiro de Métricas de Software do SISP, com o objetivo tem o objetivo apresentar métricas, com base nas regras de contagens de Pontos de Função.
São vários os benefícios do emprego desta técnica como métrica de software. Quando dispomos de uma referência padrão para dimensionarmos o tamanho de um software que iremos desenvolver, além de utilizar este resultado para estimar o custo e o prazo de todo o projeto, também poderemos:
- Estimar casos de teste
- Compreender melhor um eventual aumento de escopo
- Ajudar em negociações contratuais
- Ajudar na comparação da produtividade de diferentes técnicas
- Subsidiar estimativas futuras (bases históricas)
- Apoiar as atividades de gerência de projetos
- Apoiar as atividades de melhoria contínua da qualidade
E como dissemos anteriormente, já que Requisitos de Software e Métricas estão muito integrados, o papel do Analista de Requisitos é fundamental para que todo esse trabalho possa ser bem mais preciso.
Mais adiante, vamos demonstrar como a aplicação das regras da Análise de Pontos de Função fica facilitada pela estruturação e definição dos Requisitos Funcionais.
E só esperar um pouquinho…
Fernando Guimarães é coordenador e professor do Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Também é professor do Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Engenharia de Requisitos do UniCEUB, nas modalidades presencial e a distância. Graduado em Engenharia Elétrica, com especialização Eletrônica, pela UnB – Universidade de Brasília, fez especialização em Análise de Sistemas na UCB – Universidade Católica de Brasília. Possui Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação pela UCB – Universidade Católica de Brasília. Possui Certificação PMP – Project Management Professional, pelo PMI – Project Management Institute e Certificação CBPP – Certified Business Process Professional, pela ABPMP – The Association of Business Process Management Professionals. Toda a atividade profissional exercida foi em Projetos de Desenvolvimento de Software e em consultoria em Gerenciamento de Processos de Negócios.
Endereço do Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5724480423308682
Endereço no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/fernando-de-albuquerque-guimarães-msc-pmp-cbpp-78924423/