Já conversamos que UX não é uma metodologia, não é um método, não é uma receita de bolo. É simplesmente (?) a denominação da relação ou interação de uma determinada pessoa com um produto ou um serviço. E sabemos, também, que essa relação – “essa experiência” – pode ser boa ou não. Ou melhor, o “uso” deste produto ou serviço pode ser positivo ou negativo.
Trazendo para a área de software, claro, podemos associar a ideia aos requisitos de usabilidade. Mas vai um pouco além disso. Ou seja, UX não é só a interface de um sistema ou aplicativo. Claro que a interface é um item importante deste conceito, mas não é tudo.
Os mais velhinhos vão lembrar que essa não era uma grande preocupação para quem desenvolvia os sistemas, há uns 20 anos. “O software é complicado de usar? Problema seu… Você é quem tem que aprender a usá-lo”. Ouvimos ou dissemos isso algumas vezes?
Hoje, com recursos mais adequados e o antes impensável alcance dos aplicativos via Internet, a preocupação com essa relação usuário/produto é fundamental.
A raiz do UX está em se colocar na posição do usuário. É, basicamente, a constante preocupação com o usuário.
E o que isso pode impactar no processo de desenvolvimento?
A identificação dos requisitos, é a primeira resposta que vem à mente. Mas que técnicas podemos utilizar para que isso seja incorporado na construção de um “espaço” que possibilite uma boa experiência do usuário?
Outra etapa a se preocupar no desenvolvimento refere-se aos testes com os usuários. Como validar esse tipo de requisito? Como assegurar que a experiência do usuário é positiva?
Portanto, não basta dizer o que o sistema deve fazer (requisitos funcionais). É preciso pensar como essas funcionalidades, esses recursos serão entregues ao usuário.
Precisamos também deixar de pensar no que é mais rápido ou mais barato de fazer, mas investir em soluções que agreguem valor a essa experiência. Isso pode demorar e custar um pouco mais.
Vem mais discussão pela frente.
Fernando Guimarães é coordenador e professor do Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Também é professor do Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Engenharia de Requisitos do UniCEUB, nas modalidades presencial e a distância. Graduado em Engenharia Elétrica, com especialização Eletrônica, pela UnB – Universidade de Brasília, fez especialização em Análise de Sistemas na UCB – Universidade Católica de Brasília. Possui Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação pela UCB – Universidade Católica de Brasília. Possui Certificação PMP – Project Management Professional, pelo PMI – Project Management Institute e Certificação CBPP – Certified Business Process Professional, pela ABPMP – The Association of Business Process Management Professionals. Toda a atividade profissional exercida foi em Projetos de Desenvolvimento de Software e em consultoria em Gerenciamento de Processos de Negócios.
Endereço do Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5724480423308682
Endereço no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/fernando-de-albuquerque-guimarães-msc-pmp-cbpp-78924423/