A melodia inocente parece estar muito próxima de nós. Uma vez que os Projetos fazem parte de nossas vidas profissionais e pessoais, é muito frustrante participar de iniciativas que não levam a lugar nenhum. Infelizmente, esse cenário é uma realidade para muitos de nós. Assim, a melodia sempre nos coloca um sorriso nos lábios ao pensarmos nos integrantes de um projeto muito importante: o Plunct, o Plact e o Zuum!
Muitas razões podem explicar Projetos PPZ. Vamos começar com uma das mais comuns, citando uma frase muito conhecida dos verdadeiros empreendedores:
Insanidade é fazer as coisas do mesmo jeito e esperar resultados diferentes!
Assim, contamos com as mesmas pessoas de sempre, agindo da mesma forma como se conduziram até hoje e com as mesmas técnicas de ontem. Mesmo assim, nosso otimismo nos leva a acreditar que dessa vez será diferente: o sucesso será alcançado com facilidade e os erros do passado não se repetirão. Quando você percebe esse cenário, com as práticas de sempre se repetindo, começa a cantarolar a velha canção de Raul Seixas: “Parem! Esperem aí. Onde é que vocês pensam que vão?“
Inúmeras outras causas podem estar na raiz de Projetos PPZ. Entre elas podem citar:
* Objetivos mal definidos;
* Estimativas imprecisas;
* Uso de técnicas inapropriadas.
Destacando essas causas, já temos um bom caminho para a solução, ou seja, para evitar Projetos PPZ.
1. Defina objetivos que tenham foco nos problemas prioritários
Uma boa solução é aquela que resolve o problema do cliente. Logo, o foco do trabalho deve ser a identificação correta e precisa do problema. É muito comum as reuniões iniciais de um novo projeto se concentrarem na solução a ser oferecida. Ao contrário, devemos analisar os processo de negócio atuais para encontrarmos com o cliente exatamente qual é o seu problemas e quais sãos as suas causas.
2. Valorize técnicas que forneçam métricas para estimativas precisas
O trabalho da Engenharia de Requisitos deve fornecer fundamentos para as inquietações iniciais do cliente: quanto vai custar? quando vai ficar pronto? Essas respostas serão tanto mais precisas quanto forem a qualidade das métricas geradas.
3. Use técnicas e conhecimentos que considerem a nossa realidade
Livros e manuais traduzidos do exterior podem ser fantásticos. É indispensável, entretanto, que passem por uma adaptação contextualizada com a realidade brasileira. Indo muito além, preferimos técnicas que são resultados de pesquisas realizadas aqui no Brasil e que já são produzidas com nossas empresas. Antes de aplicar aquele livro ou material produzido lá fora, vamos observar o que tem produzido os nossos pesquisadores. Já citamos aqui os excepcionais trabalhos desenvolvidos na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na Universidade Federal de Pernambuco e no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Os trabalhos dos pesquisadores brasileiros está em pé de igualdade com as melhores produções mundiais.
Essas soluções não trazem todas as respostas. São, entretanto, um bom caminho para alterarmos a triste realidade de muitos projetos.
A troca de experiências de sucesso em uma REde especializada em Engenharia de Requisitos, certamente é outra providência indispensável.
Estamos juntos nesse ideia!
Roberto Paldês é pesquisador em Engenharia de Requisitos e professor universitário. Tem graduação e pós-graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Cursou o Mestrado em Educação e o MBA em Gestão Pública. Leciona na Graduação no Cursos de Administração e no Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do UniCEUB. Na mesma instituição é professor e coordenador dos Cursos de Pós-Graduação presenciais: MBA em Gestão Empreendedora em Projetos, MBA em Logística, MBA em Gestão Pública. Endereço Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0464191770045460 . Endereço no Linkedin https://www.linkedin.com/in/roberto-paldês-54a625a4