O que garante a qualidade de um software é a definição dos requisitos e sua validação.

Nas minhas aulas de Engenharia de Software, gostava de brincar com os alunos, ao explicar os processos envolvidos na construção de um software, que a etapa de REQUISITOS (elicitação, documentação, validação…) e a etapa de TESTES (verificação, teste unitário, teste funcional…) eram as mais importantes.

E sugeria a quem ainda tivesse dúvida em qual segmento escolher para trabalhar, que se especializassem em uma dessas áreas.

Naturalmente, aqueles que já eram projetistas e programadores ou que tinham interesse em atuar num desses perfis profissionais, se remoíam na cadeira… Protestos e ovações ecoavam pela sala de aula.

Antes de passarmos às defesas, se pensarmos bem, essas duas atividades são absolutamente fundamentais para o sucesso de um produto de software.

É lógico que um bom projeto e uma implementação consistente são imprescindíveis.

Mas ao olharmos pela perspectiva da qualidade do produto, a constatação de que os requisitos e os testes garantem a satisfação de clientes e usuários, não estaremos errados.

Do ponto de vista externo, de quem não está envolvido diretamente na construção de um produto, os requisitos são identificados para solucionar um problema (fatores esperados ou básicos de satisfação) ou garantir uma satisfação que não era esperada.

O atendimento dessas expectativas só será garantido por uma série de procedimentos de verificação e validação – as diversas etapas de teste.

Documentação de projeto, modelagem de dados correta, atendimento aos padrões de programação, código documentado, etc, etc, etc, são (ou podem ser) preocupações da equipe de desenvolvimento. O cliente ou usuário não está nem aí…

“Tá funcionando sem erros? Faz o que eu quero, do jeito que eu pensei? Então, estou satisfeito.”

Alguém tem dúvida disso?

Por isso, requisitos e teste estão tão relacionados.

Acredito que, com formação adequada, profissionais de TI podem, inclusive, “navegar” nessas duas áreas, sem se deparar com grandes “tormentas” ou “mares bravios”.

Pense nisso.

Até breve.