Centrado no Usuário “ao cubo”…

Centrado no Usuário “ao cubo”…

No último dia 31, aceitei o convite do meu parceiro Moacyr Santos, o Moa, para participar de um workshop, no qual seriam integrados a modelagem de processos de negócio e a prototipação, com foco na experiência do usuário.

Essa proposta recebeu um título bastante atrativo – Triplo UX. Apenas o nome já seria suficiente para atrair minha atenção e minha vontade de conhecer como esses três elementos seriam relacionados. E lá fui eu…

A prática transcorreu de forma muito dinâmica e foi além das minhas expectativas. Como nosso grupo de pesquisa atua no segmento de Requisitos, mais especificamente, numa visão orientada aos processos de negócio, e atualmente, temos trabalho e pesquisado na percepção desses requisitos centrados no usuário, era quase uma obrigação avaliar como ele, em dupla com o experiente profissional Luiz Antônio, um craque em gerenciamento e em modelagem de processos de negócios da nossa ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, iam conseguir encadear os conceitos do ponto de vista do usuário de um produto de software.

A visão do desenvolvimento de software centrado no usuário tem…

Toda a dinâmica partia de um problema identificado pelo Luiz Antônio, quando estava de férias em um resort, em alguma praia distante no nosso imenso litoral, e precisava, com os pés na areia, desfrutando da brisa marítima constante, pedir alguma coisa no bar do hotel. Lembrando que nesses momentos, o que mais queremos é distância de todos para curtir ao máximo um dia de sol. Mas e quando a boca seca ou a fome aperta?

Não querendo dar uma de spoiler e sem entrar em detalhes, toda a dinâmica partia desse caso, nada hipotético, vivenciado pelo nosso colega.

A primeira oportunidade de utilizar o conceito “centrado no usuário” residia, exatamente, em definir um subprocesso responsável pelo atendimento na praia dos hóspedes do hotel. É prática comum, levantarmos e modelarmos um processo de negócio com a visão do dono desse processo. Portanto, a prática inicial de modelar esse conjunto particular de atividades sob o ponto de vista do usuário final foi bem interessante.

A partir das atividades do processo que envolviam o usuário, fomos convidados a prototipar uma aplicação mobile. E mais uma vez, pudemos observar os aspectos e as visões diferentes que cada usuário entende como satisfatório para o seu problema. Pode-se constatar que falar em foco do usuário é um objetivo a ser alcançado, mas as possiblidades são muitas. O discurso é muito válido, mas qual “usuário” devemos lançar esse foco? Afinal, somos todos usuários, com diferentes desejos, necessidades, conhecimentos, habilidades e expectativas.

Por fim, a usabilidade ou a experiência do usuário pode ser vivenciada pelos presentes, com a troca de impressões entre as soluções obtidas.

A proposta foi tão boa que convidamos os autores a expandirem o workshop, com mais tempo para que toda essa experiência possa ser demonstrada, experimentada e testada pelos participantes. Aguardem o convite e não percam essa oportunidade. Guardem o nome, muito simpático, de “Triplo UX”.

O conceito de UX e o foco de soluções centrado no usuário deve ser buscada desde o início do processo de concepção e ideação de um produto de software. Quando conseguimos estabelecer essa característica de empatia na execução de nossas atividades como analistas de requisitos, as possibilidades de sucesso, incluindo a satisfação do usuário, aumentam consideravelmente.

Até breve.